Fosse eu uma transeunte apressada,
De olhar disperso, pensamento vago
Ainda assim meu ouvido com afago,
Cairia ao som de Chopin, deslumbrada.
E, ao pianista que do amor faz alegria,
Arreava a tenda, auscultava o coração,
E junto dedilhava a mesma canção,
Com toda euforia que a arte inebria.
De pé entre aplausos, mesmo distante,
Da janela a voz em eco pedia bis,
Jogaria uma aura em flor-de-lis
E um sorriso grato, farto, inebriante.
Prostrada me renderia ao som do canto,
E ao poeta de amores tantos e encanto.
Sonia Nogueira
Primeira colocada no VII Concurso PoeArt
Vozes de Aço -RJ
Primeira colocada no VII Concurso PoeArt
Vozes de Aço -RJ