quinta-feira, novembro 20, 2008

*SEMANA DA AMIZADE*

*Semana da Amizade*
***
Quando o vendaval vem rápido
O caminho seguir uma vereda
O vento fugir num sopro trágico
Vem o amigo protege a queda

Quando o coração chorar a dor
O sorriso apagar a emoção
Só o verdadeiro amigo é credor
Oferta o ombro o aperto de mão

Amigo é quando nos houve
Perde tempo ao nosso lado
Quer na dor ou na alegria
O ombro é lugar sagrado

Quando estamos no poço
Amigo se esconde no muro
No ápice é sorriso em dobro
Bajulação, esmero, puro

Amigo é colheita na safra
É fruto verdinho no pasto
É mão estendida em lavra
Com sorriso de bom grado

Amigo de bem verdadeiro
É como remédio caseiro
Planta aguando o canteiro
Carta com tinta e tinteiro

Escreve a palavra certa
Anima, enaltece a moral
O peito está sempre aberto
Está no início meio e final

Aos meus amigos fiéis
Meu apreço e gratidão
Valem mais que mil réis
Parabéns amigo-irmão

Sonia Nogueira

Livros:
-Eu Poesia Contos e Crônicas
Livro Técnico
-No Reino de Sininho (infantil)
Editora Premius

sexta-feira, outubro 10, 2008

*DIA DO PROFESSOR*

*Dia do Professor*
***
Mais um ano do mestre educador
Que faz da sala a continuação do lar
Da educação um jardim, um pomar
Regando com a palavra de editor

Os saberes que moldam o crescer
Para a formatação fixar na mente
Num registro em campo bivalente
Arquivos, aptos para acender...

Como luz na claridade quer espaço
Para a educação atingir seus passos
Quer prioridade abraços expressos
Com urgência, não barrar o cansaço

Da espera que repousa nas gavetas
A educação é a mola, a base, o ar
Que não precisa parar, estacionar
É caminhada na reta sem curveta

Sustentáculo viável neste planeta
Precisa de mãos na lousa de giz
Critérios com capacidade motriz
Onde a ética repousa na ágil caneta

Que a luta prossiga, não seja inglória
Campo vasto dentro da História
Aplausos para nós, para ti, para eles
Parabéns ao educador sou um deles

Sonia Nogueira *sogueira*

-Eu Poesia Contos e Crônicas

-No Reino de Sinihos, infantil

-Livraria Livro Técnico










domingo, outubro 05, 2008

*O CÉU É O LIMITE*


*O Céu é o Limite*

Nasceste num olhar enamorado,
Cresceste a cada dia sem temores.
O luar foi testemunha, arrebatado.
Do encanto envolvendo dois amores.

O tempo este inefável companheiro,
Não apagou o cerne dos momentos.
Nem fechou a porta farta do celeiro,
Onde a semente em desbravamento.

Brotou para terra em adubo farto,
Glorificou o coração em chama ativa,
Como luz ascendendo progressiva.

Para que nosso amor em tempo exato,
Plenitude divinal como um convite,
Deixasse apenas o Céu como limite.

Sonia Nogueira *sogueira*

domingo, agosto 10, 2008

*AO MEU PAI*


*Ao Meu Pai*
***
Que lançou o sêmen fértil
Semeou a vida como lei
Colheu o fruto em tempo hábil
Multiplicou a espécie, fez-se rei

Mesclado de altivez e doçura
Meu herói, minha mãe, sina...
Do exemplo firmou sua estrutura
Era o sertão sua raiz, sua estima

Convivemos aqui longo tempo
A mente conserva os hábitos diários
O olhar verde, sorriso, o passo lento
Que embalou meu coração perdulário

Já sôfrego triturando a saudade
Oferta-te esta página amor lealdade
***
Sonia Nogueira
**
Do livro
Eu Poesia Contos e Crônicas
Livraria Livro Técnico

sábado, agosto 02, 2008

*NOITE INESQUECÍVEL*


*Noite Inesquecível *

***
Noite de autógrafo de rara grandeza
Do tamanho da minha simplicidade
Da altivez do abraço amigo em firmeza
O coração levará além o afeto, a bondade

Dos amigos que ofertaram o sorriso
A família que trouxe em fraternidade
A fortaleza de um coração desprovido
Do improviso imaturo na casualidade

Na inércia da ânsia contida sem vez
Omiti dos presentes, a palavra facultada
Na inexperiência destronei a solidez

Na noite inesquecível, da arte emoção
Primeiro filho nas profundezas visceral
Rasgou o útero eclodiu fiz-me real
***
Sonia Nogueira

Eu Poesia Contos e Crônicas
Livraria Livro Técnico


sábado, julho 26, 2008

*ENCONTRO DE ESCRITORES*

*Encontro de Poetas*
26/07/2008
***
Centro Cultural Oboé à tarde
Escritores e poetas a distância
Contato sem abraço que invade
Os amigos com laço em estância

O protocolo resistiu à rotina
Da palavra facultada despojada
Como se a palavra fosse sina
De uns poucos e ainda foi negada

Fez-se leitura d’outros poetas
Num sorteio e dádiva de livros
Teatro e aplausos que em festas
Falam numa ovação de estribilhos

A frieza da sala condicionada
Aliou-se ao individualismo, sós
Cada um contido sob a espada
E a palavra ocultou-se entre nós

Parece-me que o valor da cultura
Fugiu sem o enlace da união
Vagou como órfão na aculturação
A mão do saber rejeitou outra mão

Onde está a palavra em construção
O diálogo, a igualdade sem status
Valores são raízes sem demolição
Os saberes ali de aconchegos nus
***
Sonia Nogueira
***
Eu Poesia Contos e Crônicas
Centro de Arte e Cultura
Dragão do Mar
Dia 31/07/2008
Livraria Livro Técnico

sexta-feira, julho 11, 2008

*O PÁSSARO QUE VOOU*

*O Pássaro que Voou*
I
Nasceu sem as asas para voar
Sem o berço caro dos afortunados
Sob a choupana frágil do vagar
Indefeso sorte dos fracassados

O ninho a mercê das tempestades
Como alimento o mais vil dos pratos
Nas vestes ofertas das caridades
A miséria rondava os tempos fartos

Foram tantas mazelas recebidas
Que o coração como sina prevista
Sonhou alto no campo das conquistas
Valeu-se do maior bem à desventura

As “letras” o caminho sem fronteira
Na ruptura ilumina cai barreiras.

II
Na ruptura ilumina cai barreiras.
Força do saber rasgando os trilhos
Viagem que aos poucos sorrateira
Vai navegando, cada porto o brilho

É a arma valiosa em construção
Faz da palavra o culto do domínio
Eleva ao mais sublime uma nação
Ou no desfecho o muro do declínio
*
Foi nesta tela com esmero pintada
Que o pássaro criou asas e voou
Fez da palavra refúgio e morada
Divulga a arte, seu canto atuou.

Abriu a ponte, das trevas veio a luz
Poeta Valdeck Almeida de Jesus
***
Sogueira
A página do poeta baiano

domingo, julho 06, 2008

**GRATUIDADE**


*Gratuidade*
***
Na gratuidade sou destarte
Numa visão real da vida
Deixo aqui meu caro aparte
Reconhecimento, provida:
Da certeza que a natureza
É Baluarte e altiveza.

Na beleza das paisagens
O desfile no vôo das aves
Do oásis sublimes miragens
No espaço as aeronaves
No espetáculo dos rios
Na poluição perdendo brios

O Homem criatura mortal
Passageiro destino incerto
Ser corrupto abnormal
Tem domínio diz-se esperto
Altera o gene nasce o câncer
Cura, mata e o anticâncer?

Milhões de astros no espaço
Suspensos em movimentos
Deslocam-se sem cansaço
Em gravidade provimento
Gratificante ao meu olhar
Sol e luar beijando o mar

A fauna está dizimada
Na flora as árvores choram
Animais, em jaula ilhada
As toras da madeira rolam
Amazonas pulmão do mundo
Na calada qual moribundo

Esta beleza santa, rara
Desfilando em passarela
Uma criação Divina cara
Destruir tão nobre tela
Só ganância dos mortais
Estão visíveis, seus sinais
***
Sogueira
Eu Poesia, Contos e Crônicas
Lançamento este mês

segunda-feira, junho 30, 2008

*DIVÃ DOS SONHOS*


*Divã dos Sonhos*

Deitada sob o divã das confissões,
O pensamento busca sem temores,
O êxtase dos momentos, libações.
Traga cada página os anos raptores.

Escrita com letras mui tracejadas,
Umas com as mensagens precisas,
Outras miragens toscas agachadas,
Muitas com pontos tênues imprecisos.

A alma flutua o corpo fica inerte,
Um sob o peso da matéria imóvel,
Outra como a distância de um flerte.
*
Na busca de um lampejo mesmo tardo.
Tateia em minúcias um olhar móvel,
Que seja semeado, canto sem fardo.

Eu faço de meus versos confissão
Do quanto o amor nos toma num lampejo,
A vida depois disso vai sem pejo
Causando a mais perfeita ebulição

No peito de quem sabe a solução
Sem ter em seu caminho, outro desejo,
Vivendo tão somente pelo ensejo
De ter sempre comigo esta emoção.

Aguardo o teu carinho como ungüento
O amor que não mais sai do pensamento
Permite que se vençam dissabores.

Na rara maravilha de um canteiro
Amor-perfeito, claro e verdadeiro
Superando em beleza as outras flores...

SOGUEIRA
MRCOS LOURES

segunda-feira, junho 09, 2008

*FESTAS JUNINAS*

*Festas Juninas*
***
Junho é o mês dos folguedos
Não solte balão nas cidades
Há bolos quadrilhas brinquedos
Cantigas pra todas idades
Até na quadrilha infantil
A dança remexe o quadril

Há milho assado cheirando
Canjica, tapioca, cuscuz,
E todos dançando, cantando,
Ao redor da fogueira a luz
Aplausos por todos os lados
Festejando casais namorados

O sanfoneiro tocando
Corpos suados que riem
A noiva aparece chorando
O noivo fugiu, que agonia.
O padre chegando insiste
Vem logo juiz, não despiste

O moço volta assombrado
Tiroteio ressoa no ar
O sim dado de bom grado
A noiva sorrir sem falar
O resto é só festança
Até quando o sol apontar
****
Sogueira

NB. Está próximo o lançamento do livro
Eu Poesia Contos e Crônicas

sábado, maio 10, 2008

À MINHA MÃE*


**À Minha Mãe**
***
Onde estiver uma flor despetalada
Sem o orvalho para matar a sede
Está aí minha saudade revelada
Por tua ausência, há muito desde...

À infância carente de afeto, abraços
Do zelo que protege com desvelo
Do olhar que acompanha os passos
Das mãos unidas em perfeito elo

Que seja este dia inteiro consagrado
Apenas as mães que do amor é mister
Para fazer da semente o fruto sagrado
Da vida a passagem do bem viver

Não deixar que a semente plantada
Seja na terra produto consumido
Da farta sede da ambição ceifada
Sem amor, do sentimento despido

Mãe, todas as certezas tenho já
Que ao mundo vieste destinada
À grande missão de amar, educar
Mas, o Céu te levou em revoada

E a saudade guardada permanece
Sem nenhum abalo à tua ausência
O coração solitário em uma aprece
Reza por ti com amor, dor e carência.

Saudades sem fim, Mãe...
***
Sogueira

Eu poesia Contos e Crônicas

No prelo

*PARA AS MÃES*


*Para as Mães*
***
Criação Divina para a reprodução
A mão que balança o berço diário
Força que sustenta o lar, direção
No degrau vai subindo o calvário

Em cada estação missão pra cumprir:
Educar para a vida, presente é futuro
No exemplo é o livro aberto a seguir
A palavra é a porta para o guia seguro

Quando do teu útero procriador
Provém o grito para luz da vida
O lar como refúgio e provedor
Abre os braços para a colhida

Na proteção terás a força e a luz
Para Deus a oração, as lições, o altar
Como exemplo vivido da mãe de Jesus
Seguirás tua prole sem temor de lutar

E no final vendo o fruto crescer
Na paz, e união, perdão e amor
És capaz mãe de amar sem temer
Para que a vida siga plena em vigor
***
Feliz dia das Mães

Sogueira

Eu Poesia Contos e Crônicas
Meu livro no, prelo






terça-feira, abril 22, 2008

*O CÉU É O LIMITE*


*O Céu é o Limite*
***
Nasceste num olhar enamorado
Cresceste a cada dia sem temores
O luar foi testemunha, arrebatado
Do encanto envolvendo dois amores
*
O tempo este inefável companheiro
Não apagou o cerne dos momentos
Nem fechou a porta farta do celeiro
Onde a semente em desbravamento
*
Brotou para terra em adubo farto
Glorificou o coração em chama ativa
Como uma luz ascendendo progressiva
*
Para que nosso amor em tempo exato
Em plenitude divinal como um convite
Deixasse apenas o Céu como limite
Sogueira

Não quero mais limites neste sonho
Que faz com que meu dia se liberte,
O amor que tantas vezes te proponho
Deixando que a saudade enfim, deserte

Iluminado ao sol de um novo tempo,
Aonde uma esperança voe além.
A vida que se faz sem contratempo
Percebe nos teus olhos, farto bem.

Audazes pensamentos glorificam
O sentimento imenso e solidário.
O gozo destes sonhos edificam

Um mundo aonde o riso é necessário
Vagando nos teus lábios, poesia,
Quem sabe te terei por mais um dia...
Marcos Loures

Eu Poesia Contos e Crônicas
Meu livro no prelo. Sogueira

sexta-feira, abril 11, 2008

*DEPOIS DA TEMPESTADE*


**Depois da Tempestade**
***
E veio o vento arrebatando os sonhos
Caíram os muros num destroço sem igual
As pedras rolaram num desalento, virou pó
O que restou só desengano, nada mais.

Qual o caminho que resta em teu alento!
Nada mudou, a vida é rota certa atingível
Quem vale o “total”! Somos todos incompletos
Limpas os destroços, nova rota é visível .

Depois da tempestade a bonança é porvir
Despertam experiências mais floridas
A nova arquitetura trará mudanças vivas
A vida sorrirá na luta há mais guarida

A calmaria retorna, navega em mar tranqüilo
O coração repousa maduro agasalhado
Outras tempestades virão é rota certa!
Mas, a força te conduz em rumo aprumado.

O amor fala baixinho ao coração cansado
Recuso-me a amar, serei livre despojado.
E ao toque da sineta anunciando novo amado
Sorrir no mesmo ” toc” cabisbaixo, apaixonado
*****
Sogueira
Eu Poesia, Contos e Crônicas
Meu livr0 - no prelo

segunda-feira, março 17, 2008

*SOMOS A PÁSCOA*


**Somos a Páscoa**

Festa cristã que lembra ressurreição
Com Cristo que do sepulcro ascendeu
Vida nova reencontro, paz, reflexão
Somos a Páscoa, corpo, espírito, união
Um reencontro do perdão que se perdeu

No judaísmo celebram a libertação
Da saída do Egito c/o povo israelita
Das amarras de Ramsés a escravidão
Vagaram da vida, para a vida escuridão
Na busca da terra prometida à conquista

Quarenta dias para Quaresma reservada
Nos símbolos que a tradição é estímulo
Do ovo ao nascimento, vida conquistada
No coelho, a multiplicação da jornada
Na cruz, cordeiro, pão, somos discípulos
Sejamos a páscoa em renovação vibrante
Sejamos o elo da ressurreição constante

Feliz Páscoa

Soguiera

Eu Poesia, Contos e Crônicas
Livro, no prelo

* AVIDA É SONHO*


**A Vida é Sonho!**

No início o túnel apenas um vão
Solitária a mente vagando incerta
Nove meses uma luz um vulcão
O grito à vida onde estou? Desperta

Vozes penumbra nada sei, nada sou
O seio materno é tudo que sinto
Primeiros passos, disperso ainda estou
Brinquedos festanças tudo pressinto

Amor vem chegando abraços, lua
A vida é assim? Paraíso sem fim
E aquela menina pedinte na rua
O Éden pra uns pra outros o fim?

Escolas amores festas passeios
A lágrima rolando sumiu a donzela
A saudade a dor o amor é recreio
Virou rotina desfilou em passarela

Amor vem chegando coração palpitou
Os laços entrelaçam a semente vingou
O gene multiplicou o ciclo determinou
A raiz foi lançada com limite com dor

A passagem é rápida onde aqueces!...
O real era sonho? Ah! Que descuidados...
Perdes-te a lição, mais um dia tivesses
Amarias bem mais com os olhos vendados
Sogueira

Eu Poesia, Contos e Crônicas
Livro, no prelo

sexta-feira, março 14, 2008

*MAIS UM FILHO NA CASA*

Ubiratan Aguiar novo membro
da Academia
***
**Mais um Filho na Casa**
***
Noite de Solenidade, treze de março
A Academia Fortalezense de letras
Abre os braços acolhe sem cansaço
Um filho poeta, traz no saber as cetras.

No ambiente do negrume a paz ecoa
Das vestes blacky em sinuoso estilo
A espera do titular da cadeira em proa
Trazendo o sorriso o saber tranqüilo

Do grande poeta Ubiratan Aguiar
Que adentra sem o alarde costumeiro
Dos que conquistam com simplicidade

Os aplausos, as conquistas e no olhar
Aprecia o gorjear do discurso altaneiro
Em cada degrau da subida integridade
Sogueira

Ubiratan Aguiar titular da cadeira nº 34
da Academia Fortalezense de Letras
13 / 03/2008
-Eu Poesia Contos e Crônicas
-No Reino de Sininho, infantil

sexta-feira, março 07, 2008

*EU MULHER EM HOMENAGEM*



Centro de Cultura Dragão do Mar
*Eu Mulher em Homenagem*
***
Amo-me tanto com tal zelo sensatez
Que nada farei contra os desenganos
Estarei alerta no jogo do xadrez
Vasculho na memória eixo cartesiano

Amo o seio que alimenta para a vida
O mesmo seio que é fonte da conquista
Da arte no olhar, do menear atrevida
Do deslumbramento que o macho avista

Amo ser mulher que ama sem ver época
Que ama o amor sem risco ao desamor
Amo o homem que me ama com amor

Que num rebanho disperso em harém
Conhece quem apascenta o coração
Amo o poeta ao poetar minha canção

II

Amo o poeta ao poetar minha cançâo
Poetizo o amor espalho a emoção
Para que as mulhares em comunhão
Espalhem amor na terra em devoção
*
Quando embalam no berço o filho
E a lágrima cai ao mais simples beijo
Do rebento que no olhar traz o brilho
*
*Do aprendizado na escola sucesso
Dos braços que estão sempre abertos
Para o abraço, o perdão, o regresso
Se no caminho houve apenas deserto
*
Mulher, mistura de lágrima e emoção
Que faz do sofrimento arma, solução
Recomeçar é sempre seu refrão
***
Sogueira

*FRAGMENTOS DE UMA FOTO*


*Fragmentos de uma Foto*
***

Estavam caídas esmagadas
Tentei a restauração foi inútil
Apenas três partes mais nada
Mirei-as, que destino tão fútil

Num, o olhar tristeza profunda
Vontade louca, tive pra afagar
Analisar a profundeza que inunda
Olhar inerte desconhecido a trafegar

Noutro quinhão deste fragmento
Uma boca com um suave sorriso
Como se o colapso do ato, mormente
Mostrasse uma angústia de improviso

Bem ao lado a mão destruída
Na qual deslizei os dedos, comovida
Uma mão conhecida desnutrida
Que levei ao peito como consolo-vida
****
Sogueira


*COM AÇUCAR E AFETO*

*Com Açúcar e Afeto*
***
Arrumei do teu jeitinho dengoso
Com a receita que me enviaste
Abraço largo apertado manhoso
Sorriso que em mim conquistaste

Vesti até roupa nova domingueira
Daquelas sertanejas para a missa
Era vermelho e no coração trigueiro
À vontade do toque da mão, premissa

A juventude na pele distribuindo frescor
O coração cantando a cantiga do amor
O sonho, este infinitamente sem dor
Sem planos, apenas açúcar, afeto, torpor

A estrada era rápida pedalando na tarde
O irmão fez parede, da vontade a saudade

****
Sogueira