domingo, dezembro 27, 2015

*NATAL



Natal

Vem o Natal se aproximando
Festejos unindo nossas mentes
As luzes das cidades brilhando
No comércio barulhos frementes.

O Céu canta a glória esperada
Com o aniversário de Jesus
Lapinhas as mais variadas
No coração acende uma luz.

Repensemos o passado agora.  
Festejemos o presente urgente
O futuro é hoje tente agora
Louvemos amigos e parentes.

É tempo de fraternidade, perdão,
Tranquilidade e reconciliação,
Coração esbanjando amor-união,
Gratidão pelo que temos à mão.

Mais um louvor ao aniversariante
Que mendiga pelo nosso olhar.
Não me esqueçam neste instante
Unamos as mãos vamos orar.

Sonia Nogueira


No Livro: Datas Comemorativas em Poesias

Natal   - Vídeo

segunda-feira, dezembro 14, 2015

*DORME SAUDADAE

Tela minha

Dorme Saudade



Saudade aqui tranquila, repousa, 
No peito olhando a longa distância,
Da palavra que apagou sobre a lousa,

Do olhar que não fitou em constância, 


Da caminhada entre a selva perdida, 
Dos passos indecisos rumo incerto, 
Na devoção que o coração fez guarida 
No silêncio, rejeitou, sucumbiu ao certo. 

Do abraço que não abriu os braços, 
Da palavra que se fez desventura, 
Na discrição encobriu-se sem laços,
Do coração que não ditou a ventura.

Saudade da mão que indecisa trava, 
Dos sonhos que voaram sem lavra, 
Na procura de um não sei onde está, 
Aonde, em qual lugar encontrar ...

Fica aqui comigo saudade pertinente, 
Já sou de ti uma escrava permanente, 
Oras jogo-te no porão com veemência, 
Outras o coração aflito pede clemência.

domingo, novembro 15, 2015

*SOMOS POETAS


 *Somos Poetas
04 de outubro

Vemos poemas no encanto de amar
Desvelo da alma que o sonho agita
Sem num momento sequer abdicar
Do penar, e do eu que o conflita.

Cada palavra revelando a emoção,
Muitas vezes dividida com o leitor,
O mesmo sonhar, o mesmo coração,
No silêncio disfarçado qual ator.

Os estilos viajaram em cada época,
O lirismo sucumbiu no modernismo,
Como fênix renasceu, firmou estética,
Nas mãos dos clássicos, no modismo.

Nas páginas dos sites, blogs, livros,
Registra o poeta angústias, devaneios.
Em versos peneirados, crivos, ritos,
Driblando na jornada seus anseios.

Sonia Nogueira

domingo, agosto 30, 2015

*NAVEGANDO



Tela Minha

*Navegando 

O vento soprava, na manhã fria,
as velas se curvaram imponentes,
dentro o coração sorria, a sinfonia
das ondas cantavam os seus acordes,

vai mar tocando nas águas salgadas,
solidão dos que ficam ou partiram,
levas e deixas nas tuas madrugadas,
saudade, e desamor dos que sumiram.

Mas não levas nas ondas inquietas
 a esperança, o sonhar que profetisa,
cada regresso nas noites infindas.

Volta inteiro sem nenhuma ranhura,
barquinho, condutor das minhas brisas,
do meu pincel, da minha travessura.


Sonia Nogueira


sábado, julho 25, 2015

*DIA DO ESCRITOR



Dia do Escritor
25 de julho

Escrevo poesia para acordar
o silêncio dos meus anseios ocultos,
neles um vulto breve quase insulto,
ao meu descontentamento, ao sonhar.

Nas horas que a pena rude cria asas,
observo o infinito e na distância,
vozes sequiosas em discordância,
almas peregrinas em chama e brasas

a procurar refúgio, um ninho apenas,
ou outro olhar finito, um aconchego
e vem nas linhas versos como arrego.

Coração tolo abraça, cai no laço
Enquanto dura o verão, e curto espaço,
Nasce outro poema, outro mecenas.

Sonia Nogueira

Feliz dia do escritor. Abraço a todos

sexta-feira, julho 03, 2015

*FECHO OS OLHOS





Fecho os Olhos

Fecho os olhos e moldo tua imagem
Cada pedaço pincelando o sonho
Sorriso que acolhe, e na aragem
Outro sorriso vai arguto e bisonho.

De tanto exercitar esta façanha
A imagem retrata com perfeição
Traços em nitidez sem artimanha
As linhas contornando boca e mão.

Rede, olhar sedento, no vento solto,
Pássaros trinando ao anoitecer,
Mar rugindo em volta silencioso.

Tudo confabula no tempo envolto,
Matreiro sonho vem o amanhecer
Até que o olhar acorde majestoso.

Sonia Nogueira


segunda-feira, junho 08, 2015

*TENHO FASES COMO A LUA




*Tenho fases como a Lua

Sou crescente no abraço, no sorriso,
Qual árvore da semente emergindo,
Cada dia na espera vem suspiro,
E o sonho na imagem é paraíso.

Enche-se a claridade, solta brilho,
Revelam as palavras, estado d’alma,
Tudo em volta reluz a busca e trilho
As cruzes somem, só quietude e calma.

O tempo traiçoeiro de surpresa
Arrasta noutro olhar palavra rude,
Minguante me oferece a sobremesa.

*A lua nova equilíbrio sob o ego.
E conflitantes, id e superego
Reagem, buscam além na latitude.

Sonia Nogueira


sexta-feira, maio 08, 2015

*DIA DAS MÃES



 *Dia das Mães
2º domingo de maio

Quanto mais te vejo, mãe, cativa,
Cuidando do filho com ternura,
Meus olhos olham e altiva,
Elege-te a heroína das alturas.

Pelas noites em claro na vigília,
Mão terna sondando temperatura,
Olhar aflito fazendo uma homilia
Rogando a Deus, fazendo benzedura.

Sorriso largo, abraço de gratidão,
Basta olhar o boletim da escola
A lágrima e sorriso juntos seguirão
Fazendo do coração leito e sacola.

Guarda na história álbum e rito,
Fotos, frases, roupinhas, emoção,
Sem perder o rumo na linha, o fito
Orgulho futuro em construção.

Mulher, seu nome é vitória, vida,
Fez-se construtora da sua história,
Liberdade que sacudiu tempo e lida,
Na força do trabalho, cuja trajetória

É vencer em profissões diversas,
Mesmo que nas letras não atue
Tem sucesso e força com reservas,
E teu querer, portanto, se perpetue.

Parabéns neste dia contínuo, diário,
Apenas reforçado no segundo de maio.


Sonia Nogueira

terça-feira, março 31, 2015

*PARIS, CEARÁ EN SCÈNE


 *Paris

Jamais sonhei em pisar teu porte
da história, que nas palavras eu li,
das lutas e vitórias que comovem,
mas ali cheguei, e teu encanto eu vi.

Uma cidade pálida, fria, sem folhas,
que o gelo apagou, mas virá noutra
estação, verde a enfeitar sem escolhas
o olhar ávido do turista em outra

emoção. Não conheci Paris, apenas
rabisquei uma olhada distante, da
cidade antiga, igual na arquitetura
nivelada as classes favorecidas.

Adentrei o Museu do Louvre assim:
uma hora, extasiada  na arte milenar
e o pensamento rápido fugia para vê
 as mãos hábeis para esculpir, pintar.

Tão imponente e extenso outro espaço
na multidão, o Palácio de Versailles,
como relâmpago foi apenas um naco,
a procura do Rio Sena com belos ares.

Nas ruas poucos ônibus, raros rostos,
por baixo da terra o povo fervilhava,
automóveis paravam a um pé exposto.
O arroz e feijão? O sabor nem sonhava.

Não conheci a Paris moderna, colorida,
aonde habitam os menos favorecidos,
também um grande centro econômico
de contrastes, nos arredores conflitos...

Canto para ti, Paris da arte, da fortuna
onde o euro pesa como ouro e poder,
na fé religiosa, nos templos, uma lacuna,
que o visitante busca sem esquecer.

A Torre Eiffel, majestosa edificada,
tal qual o Cristo Redentor do Brasil,
o olhar avista em qualquer  jornada,
como guardiões, no  seu belo perfil.



Lançamento da Coletânea Ceará en Scène  
no Salon du Livre em Paris


sexta-feira, janeiro 30, 2015

*QUE O AMOR SEJA O TEMA



*Que o Amor Seja o Tema

Amo com silêncio do  beija-flor
Sugando a vida sob meu olhar pasmo,
Nas manhãs no jardim, mel e condor
Roubando o néctar em pouso e espasmo.

Amo-te aqui, além no plano oculto,
Da inconsciência dos meus quereres
Como sombra firmada no teu vulto
Nas palavras domadas dos saberes.

Amo-te como o sol na quietude
Tocando nas marés em sintonia,
Teclando cada raio, som e amplitude
Quedando o sonhar que me irradia.

Amo-te sem causa sem rosto findo
Mas, te amo assim sempre infinito.

Sonia Nogueira


domingo, janeiro 18, 2015

*TEUS VERSOS


*Teus Versos

 Quisera ter guardado no porão
da alma prece e sonho em agonia,
teus versos em reserva e oblação,
a força da palavra, esta alquimia.

Quem sabe, ainda existe tatuagem,
gravada não sei onde, mas suponho
resquícios hibernando na passagem
de nacos trafegando, mas disponho,

dos anos traiçoeiros incontidos,
fazendo jardinagem nas montanhas,
querendo recordar em tempos idos,
cada verso guardado nas entranhas.

Quem sabe guardo ainda em agonias,
teus versos nas madrugadas frias.

Sonia Nogueira

Selecionada  entre os 50 melhores sonetistas
dos 370 inscritos, na Academia Jacarehyense de Letras, 
RJ, 2014