domingo, junho 05, 2022

SEM FRONTEIRAS

 

 *Sem fronteiras

 
Gosto de embalar-me nos teus versos
A cada dia quando a aurora inicia
Aninhando às minhas páginas rebuscadas
A emoção que a poesia me inspira
 
Viajo em cada criação imaginária
Enriquecendo nosso mundo e fantasia
Alimento que a alma necessita
Para avivar o coração com energia
 
Bailo contigo nesta dança ritmada
No mesmo passo como alento para vida
Enquanto a palavra nos domina dia a dia
 
Quero viver nesta vontade de querer
Imergir nesta façanha tresloucada
Vivendo sem fronteira apaixonada
Sonia Nogueira
 
Mal sabes quanto eu quero o bem querer
Que vem chegando manso de manhã, 
Ajuda com carinho a perceber
Que a vida não se mostra tão malsã
 
               A quem num sonho breve faz valer
A força que se emana do amanhã
Que um vai chegar e nos trazer
Todo o conhecimento da maçã;
 
Eu te amo, moça bela e tão faceira
Meu verso eu te dedico com paixão.
Quem dera se pudesse a vida inteira
 
Viver ao lado teu, quanta emoção!
A paz então seria costumeira, 
E a chuva não faltava pro sertão.

Marcos Loures, medico e grande sonetista
Saudades Eternas, meu amigo

*ESCREVER É UM ATO DE RESISTÊNCIA

 

*Escrever é um ato de Resistência 

 

Conquistou-me desde menina

a escrita, essa forma indomável.

A caneta na mão, tornou-se rotina

na mente escrava, era incansável.

 

Na poesia dançava a linguagem,

valsava com palavras simples.

O papel escravo, já na margem

reclamava da ausência e cortês,

 

subjugava a mente que submissa

deitava a tinta no papel faceiro

por saber de sua fonte premissa

voaria fronteiras destino, roteiro.

 

Leituras incansáveis alcançaria

a escrita, nos jornais, compêndios,

Universidades, bancas e livrarias

Delegada a compromisso, fascínio.

 

Assim, nessa caminhada mágica

que a vida conduz a ascendência,

a escrita em sua essência lógica

escrever não é um ato de resistência

 

Sonia Nogueira

 

Menção Honrosa pelo concurso da TVC

TV Cultura em Fortaleza-CE. Entrevistada

 pela jornalista e  escritora Mônica Silveira

 

 

sábado, abril 16, 2022



*Fotografando o Silêncio

 

Mirei-te com a flecha do tormento

Vejo tua foto no olhar como vigília

Em cada flash, em cada momento,

Cala a palavra sem uma homília

Mirei-te com a flecha do tormento

 

No sigilo encontrei teu abrigo,

O mundo vai girando à revelia,

O grito do nascer como castigo

Mesmo que na vida sofra avaria.

No sigilo encontrei teu abrigo.

 

Habitas na noite da paz ambulante

Mãos que se unem, olhos videntes,

Sussurros de sonho irreverente

No silêncio dos focos das lentes

Habitas na noite da paz ambulante.

 

Fizeste moradia em meu coração,

Artes, em rabiscos mal traçados,

No porão catalogando emoção,

Entre perdidos, novos e achados,

Fizeste moradia em meu coração.

 

Nem sei do tempo és contratempo,

Ou da palavra uma musa carente,

Valho-me de ti silêncio passatempo,

Purificador de alma bivalente,

Mirei-te com a flecha do tormento.

  

Coletânea2º Jogos Florais do Século XXI

domingo, março 20, 2022

 

  • *O Eterno
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  • Está em cada momento que vivemos,
  • Nas teclas que ecoa o som da canção,
  • Num minuto de olhar eternizamos
  • Inspiração da retina em combustão.
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  • Procurei na paisagem, vi o arvoredo,
  • Na óptica o vácuo num infinito,
  • No limite, a imensidão do degredo,
  • No azul do espaço, ocultismo do grito.
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  • Como eterno dos sonhos revi o amor,
  • Anseio do corpo para imortalidade,
  • Como se fosse uno o clarão refletor
  • Entre dois seres além eternidade.
  •  
  • Na palavra escrita sobre a areia
  • Até ser tragada na onda do mar
  • Está o eterno da espera, a sereia,
  • Esperando do amado o seu olhar.
  •  
  • A paz que no mundo faz estampa
  • Fazendo da arma seu estandarte,
  • No corpo o bordado leva a campa
  • O coração necessita de baluarte.
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  • O eterno é cada hora, com cautela,
  • Como se fosse sol doirando a terra,
  • A gota da água beijando a janela,
  • O sonho deslizando sobre a serra.
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  • Façamos do tempo nossa moradia,
  • Como o luar que descortina a luz,
  • No ciclo da vida a água é valia,
  • A alma se eterniza na contraluz.
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  • Poesiarte  1º lugar - 29/05/2009 SP

  • No Livro: Silêncio que Fala - Capa minha
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