sexta-feira, março 29, 2013

*ORAÇÃO DE GRATIDÃO



*Oração de Gratidão

Senhor, que morreste por nós
Santificado seja tua missão,
Não nos deixai cair em tentação,
Peço, pois, tua guia e proteção.

Agradeço meus olhos perfeitos, 
Minhas mãos hábeis para fazer,
Meus pés que caminham seguro,
Minha vontade de em ti crer.

Perdoa meus inimigos, se os tenho,
Os fracos que em ti não crêem,
A mente não alcança o mistério,
Tomés tantos, os olhos não vêem.

Vejo-te nas belezas do universo,
Na força oculta seguindo direção,
No nascer, célula viva que habita
Em nós, gerando vida e emoção.

Creio na ressurreição da vida,
Provocando mudanças, correção
Em cada ser que em ti alcança,
O milagre divino do perdão.

Amém


Sonia Nogueira

Páscoa feliz, nova vida, ressurreição

quinta-feira, março 28, 2013

*A JANELA AZUL



*A Janela Azul

Coletânea de textos, compartilhada entre cinco escritores: Domingos Pascoal, jurista, filósofo, escritor; Eduardo Luiz, poeta, técnico em contabilidade, Elizabeth Albuquerque, Ciências Contábeis, poetisa e escritora; Mônica Silveira, Comunicação Social, poetisa, escritora, editora e repórter da TVC; Sonia Nogueira, Historiadora, educadora, escritora e poetisa.
Projeto idealizado por Silas Falcão, Diretor de Eventos da Associação Cearense de Escritores ACE. Esta é a 5ª coletânea de contos e crônicas, com textos bem elaborados, onde cada escritor leva ao leitor sua habilidade na criação com estilos diferentes, confundindo realidade e ficção.


Projeto de lançamento na Casa de Cultura Juvenal Galeno 27 de abril

 Sonia Nogueira

segunda-feira, março 25, 2013

*NO AMANHECER



Tela minha

*No Amanhecer

O sol tímido por detrás da serra
Mostrava no olhar ainda sonâmbulo,
Silêncio e sossego que a paz encerra,
Estática a pedra, sonho relâmpago.

Toda vegetação ainda confabula,
O vento parou para compartilhar
Do momento sereno que rotula
Na tela, a natureza, o verbo amar.

Na janela o silêncio, vento sopra,
Vi na estrada sem passos, sem rumo,
A ave sedenta o bico molhava,
No verde da água bebendo o sumo.

Senti a beleza na arte da criação,
Na singeleza, o comando da mão.

Sonia Nogueira

Do livro *Nas Entrelinhas, 2013, 200 sonetos

quarta-feira, março 06, 2013

*COTIDIANO



*Cotidiano 

Silêncio nas madrugadas mudas,
só a voz do vento bate a janela.
A chuva tímida rabisca a lágrima,
lágrima triste que a mim se anela.

Voo na imensidão do pensamento
sem empecilho adentro tua alma
vazia, eu vi no olhar por telepatia
a melancolia, sina que me acalma.

Está aí no templo dos teus ventos
Regando a sintonia no cotidiano,
seria só ventura, mas os teus rebentos
ocultam as tormentas, vem o minuano.

Vento que varre, mas inda não limpa
a solidão que teu suor imprime.
Quisera fazer de ti à ressonância
das ondas sonoras partícula sublime.

Filtrar em cada emoção o teu pulsar
colando o ouvido no teu peito,
decifrar  horas e minutos do oculto
em cada pulsação vivendo o deleito

dos dias, dos segundos, dos encantos
que por aventura tiveste na passagem
dos anos peregrinos, dos desencantos
sem mim, escondidos  na bagagem.

Retorno à madrugada dos silêncios,
o sonho sucumbiu sem teu olhar.
Em cada despertar no meu cotidiano
Esta angústia louca em te ocultar...

Sonia Nogueira

3º lugar, Prêmio Buriti, São Paulo, 2012
Coordenadora, jornalista e escritora Rita Velosa