sábado, julho 26, 2008

*ENCONTRO DE ESCRITORES*

*Encontro de Poetas*
26/07/2008
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Centro Cultural Oboé à tarde
Escritores e poetas a distância
Contato sem abraço que invade
Os amigos com laço em estância

O protocolo resistiu à rotina
Da palavra facultada despojada
Como se a palavra fosse sina
De uns poucos e ainda foi negada

Fez-se leitura d’outros poetas
Num sorteio e dádiva de livros
Teatro e aplausos que em festas
Falam numa ovação de estribilhos

A frieza da sala condicionada
Aliou-se ao individualismo, sós
Cada um contido sob a espada
E a palavra ocultou-se entre nós

Parece-me que o valor da cultura
Fugiu sem o enlace da união
Vagou como órfão na aculturação
A mão do saber rejeitou outra mão

Onde está a palavra em construção
O diálogo, a igualdade sem status
Valores são raízes sem demolição
Os saberes ali de aconchegos nus
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Sonia Nogueira
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Eu Poesia Contos e Crônicas
Centro de Arte e Cultura
Dragão do Mar
Dia 31/07/2008
Livraria Livro Técnico

sexta-feira, julho 11, 2008

*O PÁSSARO QUE VOOU*

*O Pássaro que Voou*
I
Nasceu sem as asas para voar
Sem o berço caro dos afortunados
Sob a choupana frágil do vagar
Indefeso sorte dos fracassados

O ninho a mercê das tempestades
Como alimento o mais vil dos pratos
Nas vestes ofertas das caridades
A miséria rondava os tempos fartos

Foram tantas mazelas recebidas
Que o coração como sina prevista
Sonhou alto no campo das conquistas
Valeu-se do maior bem à desventura

As “letras” o caminho sem fronteira
Na ruptura ilumina cai barreiras.

II
Na ruptura ilumina cai barreiras.
Força do saber rasgando os trilhos
Viagem que aos poucos sorrateira
Vai navegando, cada porto o brilho

É a arma valiosa em construção
Faz da palavra o culto do domínio
Eleva ao mais sublime uma nação
Ou no desfecho o muro do declínio
*
Foi nesta tela com esmero pintada
Que o pássaro criou asas e voou
Fez da palavra refúgio e morada
Divulga a arte, seu canto atuou.

Abriu a ponte, das trevas veio a luz
Poeta Valdeck Almeida de Jesus
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Sogueira
A página do poeta baiano

domingo, julho 06, 2008

**GRATUIDADE**


*Gratuidade*
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Na gratuidade sou destarte
Numa visão real da vida
Deixo aqui meu caro aparte
Reconhecimento, provida:
Da certeza que a natureza
É Baluarte e altiveza.

Na beleza das paisagens
O desfile no vôo das aves
Do oásis sublimes miragens
No espaço as aeronaves
No espetáculo dos rios
Na poluição perdendo brios

O Homem criatura mortal
Passageiro destino incerto
Ser corrupto abnormal
Tem domínio diz-se esperto
Altera o gene nasce o câncer
Cura, mata e o anticâncer?

Milhões de astros no espaço
Suspensos em movimentos
Deslocam-se sem cansaço
Em gravidade provimento
Gratificante ao meu olhar
Sol e luar beijando o mar

A fauna está dizimada
Na flora as árvores choram
Animais, em jaula ilhada
As toras da madeira rolam
Amazonas pulmão do mundo
Na calada qual moribundo

Esta beleza santa, rara
Desfilando em passarela
Uma criação Divina cara
Destruir tão nobre tela
Só ganância dos mortais
Estão visíveis, seus sinais
***
Sogueira
Eu Poesia, Contos e Crônicas
Lançamento este mês