domingo, dezembro 28, 2014

*ÂNGUSTIA



*Angústia 

Um olhar furtivo, um corpo vago,
ás vezes inerte, ás vezes impulso,
embora o sonho insistisse intacto,
um pensar sombrio, outro sem rumo.

O vento soa frio, solidão atroz,
susto, quem sabe, prevê agonia,
se em cada  labirinto há magia
em chama o coração grita, algoz.

Geme a onda na manhã tranquila
dois olhares se perdem na cruz
nenhum sorriso e a palavra sem dó.

Duas mãos sequiosas em vigília
tocam-se, uma noite, apenas reluz
sonho imenso feito céu, imenso e só.

Sonia Nogueira

Menção Honrosa, XVI Prêmio Estadual
 Ideal Clube de Literatura -20/02/2014


quarta-feira, julho 23, 2014

À MINHA MÃE


*À minha Mãe

Quando em ti penso, mãe, ausência,
Cada lembrança é saudade terna,
Coração fragilizado, a mente ativa,
Na lágrima retida força e reserva.

Na foto desbotada sina e tempo,
A alma desolada em são momento
Arquiva dor suave presa ao vento
Trazendo angústia e tormento.

Foram frios meus verões, mãe,
Faltou a mão para me aquecer,
Gesto protetor da supermãe,
O zelo do olhar no alvorecer.

O vento soava triste e lento,
Em murmúrio de consolação,
O sonho pernoitava no relento,
A vida viajava em turbilhão,

De buscas, de uma explicação,
Mas como entender a lei do alto
Que não pergunta ao coração.
Pode-se resistir tamanho assalto!

Assim é a vida na terra, que fornalha.
Uns choram pela mãe que agoniza,
Outras dão a vida na batalha,
Pobre mãe lança o filho à enxurrada.

Sobrevivi a chuvas e trovoadas,
Sentimentos voando em agonia
Nas noites frias sob as rajadas,
Nos relâmpagos, senti tua falta.

Sou órfã nas horas de saudade,
Nas horas de carência sou poesia,
Sou triste, nas horas de bondade,
Lembro-me da mãe que foi um dia.

A cada dia, mãe, a lembrança cresce.
E Deus nas alturas te louve em prece.

Sonia Nogueira

Medalha de Prata, junho 2014, RJ


sábado, julho 12, 2014

*QUANDO OS OLHOS SECAM



*Quando os Olhos Secam

É rio que não corre na vertente,
O dia descolore a poesia,
A alma já cansada em agonia,
Veleja sem ter rumo afluente.

As sombras murcham alongadas,
O corpo indolente quase nada,
Derrama languidez na madrugada,
Embalde fita olhares nas estradas.

A face perdida na distância
Perde o rosado da alegria,
Nem o vento varre a agonia,
Mas carrega da hora a vigilância.

As horas estacionam dolentes,
A vida corriqueira se multiplica,
A lágrima vazia só implica,
Em não perecer, lágrimas carentes.


Sonia Nogueira

quinta-feira, abril 17, 2014

*FORMOSA POÉTICA


Formosa Poética
(À Sonia Nogueira)
Paulo Roberto Cândido

O mundo é belo como as cores da poesia
e a beleza rimada fica maior ainda,
quando aquela formosa poética feminina
transita leve e liricamente entre nós.
Assim, as feições essenciais da melodia
A nos sorrir com a sonoridade que nunca finda,
vem do coração pulsante de uma Sonia menina
capaz de aspirar das nossas emoções os pós.
Ser mulher e ter os hormônios de uma poetisa,
Que fazem as tensões virarem ânsia de relaxamento,
traduz o quanto enobrece a alma, um poema
que escreve pra vida uma mensagem alvissareira.
A acadêmica que veio versejar como poetiza
iluminou o que na escuridão estava revelado
em pensamento,
 sendo amorosa, sincera e de uma sensibilidade
extrema,
o que fez todos enxergarem a lama de Sonia Nogueira

Obrigada, poeta Paulo Roberto Cândido
pelo belo poema e tão grandiosa homenagem.
Guardarei sempre na lembrança.
            14/03/2014


Homenagem a Sonia Nogueira, pelo Dia do Poeta,
na Sociedade de Assistência aos Cegos.

*SONHO CULTURAL


- Sonho Cultural
      por Celso Florêncio do Nascimento

Seu olhar e um poema
Confeitado com amor e ternura
A vida, arquivo de honrarias e prêmios.
Fruto da sua imensurável cultura

Desde cedo abraçou as letras
Escrever é sua refeição primeira
É autora de muitos trabalhos e livros
Essa genial Sonia Nogueira

Onde quer que seja
Sua aura a todos aquece
Sua presença nesta casa

Muito nos orgulha e envaidece
A você doce e querida Sonia
O Hélio Góis de coração agradece

 ***
Obrigada, Celso Florêncio, pelo carinho
do poema e a  beleza dos versos.
            Levarei sempre na lembrança.

             14/03/2014

Homenagem para, Sonia Nogueira, pelo Dia do Poeta
na Sociedade de Assistência aos cegos.

Obrigada Celso Florêncio, pelo carinho. Sonia Nogueira

*AQUELA QUE SONHA




          

           Aquela que Sonha
                 Por Nanda Gois


              Você que é Sonia
              Que ainda sonha,
              Com versos e
              Nesse reverso da medalha,
              Você que é Sonia
              Que ainda sonha,
              E talha nas tábuas da lei
              O seu mais novo escrito,
              Talvez traga o seu coração
              Contrito ou talvez seja ele
              O mais alegre de todos os
              Órgãos, não sei,
              Só sei que você é a Sonia
              Que ainda sonha...

               20/02/2014

Homenagem de Nanda Gois pela 
passagem do dia do Poeta 
a Sonia Nogueira

Obrigada Nanda Gois, pelo carinho.


terça-feira, março 25, 2014

*DIA DO POETA




*Dia do Poeta

Vi nos poemas o encanto de amar
Desvelo da alma que o sonho agita
Sem num momento sequer abdicar
Do penar, e do eu que o conflita.

Cada palavra revelando a emoção,
Muitas vezes dividida com o leitor,
O mesmo sonhar, o mesmo coração,
No silêncio disfarçado qual ator.

 Que seria do poeta sem o dom da,
Palavra, da quietude em tempestade,
Feito ondas revoltas, ida e vinda,
Trafegando com encanto liberdade.

Os estilos viajaram em cada época,
O lirismo sucumbiu no modernismo,
Como fênix renasceu, firmou estética,
Nas mãos dos clássicos, no modismo.

Como olvidar do amor tal emoção,
Que seja num momento passageiro,
Vale-se o poeta desta santa oblação,
Registra duo como eterno mensageiro.

Nas páginas dos sites, blogs, livros,
Registra o poeta angústias, devaneios
Em versos peneirados, criva os ritos,
Driblando na jornada seus anseios.

Sonia Nogueira

*DIA INTERNACIONAL DA MULHER


*Dia Internacional da Mulher
     08 de março

Quando Deus te criou, mulher,
Vieste com grandiosa missão,
procriar na terra, a rede tecer,
fazer da vida terna comunhão:

lavar, passar, engomar, bailar,
varrer, correr, sofrer, sobreviver,
sem esquecer a força de amar,
sorrir, parir, mentir, renascer.

Em cada nascer, ao sol se por,
repor as energias, ativar o labor
e do cansaço, na rotina, chorou.
Seu criador pensou, pensou...

E, falou a mulher em agonia
“Libertas quae sera tamen”
"Liberdade ainda que tardia?
Senhor! Sou toda ouvida, amém.

Abriu a porta, subiu no salto,
fez de a leitura saber, e cultura,
na profissão ganhou o asfalto,
do amor, partilha ou ruptura.

A vida triplicou espaço e vida,
trabalho, lar, filho e profissão,
peso e labuta, vinda e partida
fizeram da mulher sua missão.

E sofre, e rir, e chora, e ama,
herói de sua história fez-se ativa.
Por tanta descrição em sua fama,
Parabenizo-te mulher, força e diva.

Sonia Nogueira