sexta-feira, dezembro 29, 2006

MEU SERTÃO É ASSIM


*Meu Sertão é Assim*
*****
Águas barrentas correndo
Nas enchentes do Francisco
Galhos, árvores perfazendo,
Viajando em desatino

Barreiras abrindo fendas
Dando passagem as águas
Que volumosas s’aproximam
Buscando quintal das casas

Alaga toda pastagem
Alimento da boiada
Quando as águas rebaixarem
A vazante é consagrada

A criançada se banha
Despida, ao longo do rio,
Com seu nado delirante
Cada braço um desafio

As aves alegres voam
Aconchegando-se ao ninho
Protegendo seu filhote
Enfrentando o desafio

É tanta beleza vista
Das lembranças do lugar
Às vezes sempre pergunto
Por que tudo abandonar?

A natureza é assim
Dá muito, ora desfaz
Ou tudo está certinho
Tudo no tempo e lugar?
*****
Sogueira



segunda-feira, dezembro 25, 2006

* FINDOU O NATAL*


**Findou o Natal**
*****
Findou o Natal
Amanheceu o dia
Olhar indagou
Será outro dia?
Dividiram o ano
Em pedaços e dúzias
Lutas, vitórias
Cansaços seguidos
Fracassos, desânimos
Amores perdidos
Mas vem o natal!
Mudanças, conquistas
Virá outro ano
Trazendo delícias
Festejos, enfeites
Coloridos na vida
É preciso o natal
Pra mudanças pedidas
Presentes trocamos
Beijamos, abraçamos
Lágrimas rolando
Sorrisos infinitos
Comida na mesa
Amigos bem-vindos
E a oração do “Menino”?
Façamos é lindo
As mãos se cruzam
Pai Nosso, oh! Jesus
Perdoa, reconcilia,
Pela mãe que é Maria
Traz vida aos aflitos
Todo ano é conquista
Renova este vida.
Amanheceu o dia...
Olhar indagou ...
É o mesmo dia...
***
Sogueira

quinta-feira, dezembro 21, 2006

*** SE ***

Paisagem do caminho do meu sertão
sábado
***
*** Se ***
***
Se não houver sorrisos
Vale um olhar carinhoso
Um cumprimento dengoso
Uma palavra amistosa

Se não chover no lugar
O tempo não vai parar
O vento não deixa de soprar
A vida continua a andar

Se o eclipse cobrir o sol
A terra não deixa de girar
A lua segue a brilhar
Os astros desfilam no ar

Se faltar amor na vida
O coração não para de pulsar
O pensamento continua registrar
O intelecto é templo a captar

Se o problema persistir
A vida continua a caminhada
Os fracos desistem da jornada
Os fortes continuam em disparada
***
Sogueira

quarta-feira, dezembro 20, 2006

*NATAL FELIZ 2006*


**Natal Feliz 2006**
*****
N – Natal, nascimento, renascer
A – Aniversário de Jesus se fez crescer
T - Tradição que o mundo cativou
A - Aureolado, sublimado com amor
L – Levamos a mensagem ao criador

F – Festejamos esta data grandiosa
E – Elevamos ao Céu nosso louvor
L – Libertamos as correntes enganosas
I – Irmanados com o mesmo grande ardor
Z – Zelando teu nome, oh! Senhor

2 – Dois mil anos já passamos
0 –O mesmo sentimento e emoção
0 – Orações com vozes declamamos
6 – Seis horas... O Ângelo... tempo de oração
*****
Sogueira

sexta-feira, dezembro 15, 2006

QUANDO AS LUZES APAGAM


*Quando as Luzes Apagam*
*****
A cortina cai
O show termina
O palhaço se recolhe
O sorriso acaba
A platéia se retira
Os problemas retornam
O sentimento aviva
A cidade se agita
Fecha o sinal da esquina
O coração palpita
O delinqüente aproxima
O guarda apita
O desfecho é rotina
O pedestre desvia
A multidão transita
A criança observa
Desperta pra vida
Indaga da mãe
Por que tanta sina?
São coisas da vida
O homem é cruel
Na origem da vida
É o pior animal
Sem civilização
Sem estima
Aprenda a defesa
Creia em Deus
Continue o caminho
*****
SonaiNogueira *sogueira *

Por pura coincidência, ontem à tardinha, estava
fazendo este poema e as luzes do Dr. Valdo Pessoa ,
apagaram. Ele foi baleado por dois assaltantes, na
clínica a pouca distância da minha residência.
Era oftalmologista e Presidente do Instituto dos
Cegos em Fortaleza. Deus o tenha.


* SONHA CRIANÇA*


**Sonha Criança**
*****
Sonha Criança
Sonha, o sol já sumiu
Foi pra outras paragens
Seu tempo cumpriu

Sonha, a noite parou.
A cidade dormiu
O silêncio chegou

Sonha, as estrelas cintilam
Desenham teus sonhos
De cores bem vivas

Sonha, a vida te espera
Teus passos são longos
A estrada é bem reta

Sonha, sorrindo estás
Com certeza os anjos
Vigiam teu lar

Sonha, sem pesadelos
Enquanto és criança
Levantas castelos

Sonha, a vida é longa
Às vezes bem curta
A manhã já desperta
***
Sogueira