sábado, dezembro 18, 2010

*NATAL 2010




* Natal 2010

Diante da lapinha olho as luzes
Numa família prostrada e feliz
Uma criança pura, via as cruzes
Reli no pensamento vida aprendiz

Fui revivendo toda humanidade
Evolução, mudanças, aniversários
Luta contra as vozes, impunidades
Ali vejo o menino seus calvários

Sobrevivente ao tempo, tempestades
Imaculado revive a única história
Pescar homens e varrer maldades
Subir ao infinito unindo a glória

Sorri, vi-me pequena e indefesa
O sino anunciou o Ângelo, a vida
Cristãos anunciando, natal é festa
Pedindo a paz pro mundo, a guarida

O ano findo renasce as esperanças
Recomeçar, pedir perdão, amor
Parar o temporal rogar bonanças
Mas vejo o coração em desamor

Oh, Deus menino, teu nome é poder
Assim está escrito assim será eterno
Dá-nos proteção, na criança o saber
Plante no coração o bem fraterno 


Sonia Nogueira

domingo, outubro 31, 2010

* O INFINITO

O Infinito

O grito ecoou na hora primeira

Surgiu a vida parecendo infinito

Sabendo da finitude ira obreira

Tremi vendo da natureza o rito

*

Infinito é o sonhar na esperança

Parecendo magia contra o tempo

Perpetuando o gene como herança

Espécime vorace em contratempo

*

Deitei na imensidão contei estrelas

Tantas parecendo pingo em chuva

Não sei se infinitas, porém singelas

A mente desfigurada ficou turva

*

O amor, tema imortal, creio infinito

Ovação dos amores nasce e fenece

Rápido como gemido de tão finito

Fenece, renasce perdoa como prece

*

Eu vi no infinito teu culto olhar

Em tanta profundidade me perdi

Espelho transbordante ao mirar

Deus, que infinito, nunca esqueci

*

SoniaNogueira

Classificada nas três primeiras colocadas

No Concurso Poesias Encantadas, 2010,

Mogi Guaçu SP. Coordenador Luciano Becalete

*

Texto de Sonia Nogueira, no jornal O povo

http://www.opovo.com.br/app/opovo/jornal-do-leitor/2010/09/25/noticiajornaldoleitorjornal,2044558/o-peixe-e-o-pescador.shtml

*

domingo, outubro 10, 2010

* DIA DA CRIANÇA


*Dia da Criança

Não pediste para nascer, criança

Mas, pediste pra viver e ser feliz

Ter saúde e cultivar esperança

Abolir da infância a palavra infeliz

*

Na mesa alimento à sobrevivência

Educação, moradia em lei impressa

Nos passos a firmeza sem carência

Do carinho, a certeza e a promessa

*

Da colheita da mão que te plantou

Do sorriso sempre farto todo dia

Da emoção do abraço que faltou

Da mão que te conduza em alegria

*

A bênção logo cedo, ao amanhecer

Na condução entre espinhos e flores

Haja mais flores para agradecer

Haja mais zelos, carinhos e amores

*

O elo entre as mãos seja constante

Mãos que reunidas forma o lar

Não deixe neste toque edificante

Apagar na distancia o seu sonhar

*

Criança, neste doze de outubro

Sereno, promessas fartas, poesias

Vendo-te hoje no sol de amanhã

Envio-te felicidades todos os dias

SoniaNogueira

sexta-feira, outubro 01, 2010

*ANTAGONISMO


Antagonismo
*
O dia surge, um olhar que deslumbra
Sol abraçando o mundo em claridade
Treva sugando a noite na penumbra
Duas forças opostas, liberdade
*
Molhando a terra a chuva condoída
Levando ao solo pranto que afaga
Suspira a semente grão rogando vida
No mesmo lema escassez e fraga
*
Definha a vida a flor pálida e triste
A sede cobre a pétala que murchou
Na lágrima faltou pranto, que acinte
Canta a natureza alento não soprou
*
Olhando a janela, o coração aflito
Descubro no dilema obra e criação
O vento vem soprando, rir. Insisto
Quão sublime o mistério extensão
*
No espelho o rosto triste dos invernos
Dos verões, outonos, quimera amiúde
Roubados dos anos, rios primaveras
Que contraste Deus, vida e ataúde
*
Horas sou chão firme, forte, poema
Noutras, solidão companhia ativa
Às vezes, serenidade que amena
Horas furacão farejando, viva
*
De repente o amor correu liberto
Que faço das correntes no porão!
Perdi o tino, no rastro só deserto
Atônitos, errantes, amor e coração
*
Sonia Nogueira
*
Ganhou Menção Honrosa no concurso
da Academia Machadense de Letras - MG
08/09/2010

*A PALAVRA

*A Palavra


Guardo-te limpa com tanto zelo

Tratamento de rainha, excesso

Às vezes, dos acentos desprezo

Por descuido, por não ter acesso

*

Procuro não ultrapassar o encanto

Para não ferir, envolver no pranto

Mas, teima desobedece, e, sincera

Fazes à mágoa, o inimigo emperra

*

Como entender-te noutra mão ali

Pensamentos seus em convicção

Pensamentos meus falando aqui

Vontades diversas em devoção!

*

Meus olhos te louvam dia e noite

Nos contos, crônicas, poemas brios

Oculto ao meu olhar, alguns afoites

Que fazem da palavra vãos desafios

*

Nos palavrões que dás espaços

Ao erotismo não tenho enlace

Para que! Soa todos em percalços

Fere, embota, torna-te fugace

*

E do amor quando o olhar te deita

De tanto encanto que a alma agita

Mente e corpo em ti se deleita

Parece chama em verdade eleita

*

Mas, quando a lógica se conflita

E, nas falácias o campo se aprimora

Ah, meu ego em ti, te mortifica

E vejo tua força noutra mão afora

*

Da eloquencia sou cativa ativa

Aos “homens” leio e fico enleva

Na mesma eloqeuncia a mão criva

Mata o coração, luz apaga a treva

*

A página silenciosa réu confessa

Cancioneiros, aprendiz, doutores,

Como confessora nata que se presa

Reserva leitura segredos redentores

*

Nasceste, palavra, para unir nações

Como a faca que serve para o corte

Tu cortas amigos, famílias, relações

Serás imortal, mas sou de ti consorte

*

Ao dom da palavra que faz encanto

Da mesma palavra que apaga a luz

Eu que dela uso e também desencanto

Prostro-me redentora levo minha cruz

*

SoniaNogueira


Texto selecionada para a coletânea do

Usina de Letras -RJ*

terça-feira, agosto 31, 2010

*POEMA DE AMOR


* Poemas de Amor

*

P - Para ti este poema

O - O menor que eu já fiz

E - E de tanto que eu quis

M - Meu amor foi teorema

A - Amando sempre te quis

*

D - Diante deste teclado

E - Envio-te a flor ao lado

*

A - Agora cheira e guarda

M - Momento de tanta beleza

O - O tempo registra nobreza

R - Rir por tão raro achado

*

SoniaNogueira

*ABRACE-ME

Abrace-me

*

Abrace-me como os raios de luar
Instigando qual cupido aos amantes
Aura espalhada por seu pulsar
Badaladas ritmadas hoje e antes
*
Envolve-me no abraço madrigal
Aquecendo a frieza, as madrugadas
Da melodia poética, som divinal
Despertando emoções desgarradas
*
Como a planta enrosca suas raízes
Na terra, procurando alimento
Traz para mim o abraço no momento
*
Qual sol abraça a terra ressequida
Alimento sublimando sopro e vida
Oferto outro abraço em cor matizes

SoniaNogueira

quarta-feira, agosto 04, 2010

*AO MEU PAI

*Ao meu Pai

*

Quando me lembro de ti mocidade

Labuta diária, planos no futuro

Ultrapassando muros, tempestade

Recordo teu olhar verde, aflito e puro

*

Memorizei teu passo firme, inteiro

Na pressa para o tempo não apagar

Os anseios guardados no canteiro

Na flor branca que vinhas ofertar

*

Foram anos plantados cada dia

De amor, zelo, carinho e proteção

Embrulhados no jardim coração

Que a saudade terna acaricia

*

Saudades são tantas catalogadas

No álbum que a mente recorda

Como raiz estendida, arraigada

Cresce de dia a noite transborda

*

A ruga quase não veio na face

Sorriso franco o final sem ação

A mão sem força fez-se fugace

Guardo de ti, pai, toda emoção

*

SoniaNogueira

segunda-feira, julho 12, 2010

*NÃO SEI SE TE AMO


Não sei se te Amo

*

Em cada sol que aquece minha alma

Nasce à emoção, o sonho enamora

Em cada respingo fujo da aurora

*

Se te penso os sonhos se torturam

Se durmo a noite me desmorona

No alvorecer os olhos te procuram

*

Dias há que tu és mundo infinito

Noutros cinzas que não acende

Tardes tristes, tela sem olhar fito

*

Em cada sol que aquece minha alma

Não sei se te amo ou não te amo

Mas a lembrança da palavra acalma

*

E vou seguindo trilha e estrada

Pés descalços, olhar indagador

Sonhos na fantasia, alma calada

*

O sonho permanece inacabado

Se te amo fica chama torturada

Se te fujo quero sonho tatuado

*
SoniaNogueira

quinta-feira, julho 01, 2010

*PERDI-ME EM TI

Perdi-me em Ti

*

Quando o pensamento se afogou

Escravo dos minutos dos segundos

Exatamente no olhar fitos profundos

Retendo a imagem onde aflorou

*

Quando do poema os versos teus

Embala meu sonhar mesmo utopia

Verso inteiro e emoção em agonia

Resgata, sintoniza os sonhos meus

*

Perdi-me nos teus trilhos fantasias

Sabendo dos perigos os temias

Embalde resisti olhei uma estrada

Parei, olhei que a seara na entrada

*

Havia plantação e mil, caminhos

Olhei, pra que sonhar sonhos sozinhos

Fechei o coração, sonhei, dormi...

E quando acordei o sonho estava ali

*

SoniaNogueira