quarta-feira, fevereiro 16, 2011

*VIAJANTE DO TEMPO




Viajante do Tempo

Vejo-te assim sem obstáculo, limite
Varrendo horas semeando segundos
Mesmo que no poço não haja fundos
De ti, oh, tempo nunca estamos quite

O maior oráculo de consultas tantas
Curador dos males, do esquecimento
Tudo apagas dos rastros és ungüento
Tudo em ti é espera e esperas quantas!

Dei-me a ti passageira incansável
Debrucei-me na leitura do saber
Quanto mais te lia pra compreender
Mais confusa me deixavas aliável

Consolando a alma fragmentada
Os insanos sonhos que em furor
E nas horas que me roubas o amor
És de mim meu único mediador

Bem sei que a vida é armadilha
As portas abertas, o tráfego livre
Mesmo que insana seja a trilha
Sou de ti cativa oh, tempo rude

Sonia Nogueira

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