segunda-feira, março 17, 2008

*SOMOS A PÁSCOA*


**Somos a Páscoa**

Festa cristã que lembra ressurreição
Com Cristo que do sepulcro ascendeu
Vida nova reencontro, paz, reflexão
Somos a Páscoa, corpo, espírito, união
Um reencontro do perdão que se perdeu

No judaísmo celebram a libertação
Da saída do Egito c/o povo israelita
Das amarras de Ramsés a escravidão
Vagaram da vida, para a vida escuridão
Na busca da terra prometida à conquista

Quarenta dias para Quaresma reservada
Nos símbolos que a tradição é estímulo
Do ovo ao nascimento, vida conquistada
No coelho, a multiplicação da jornada
Na cruz, cordeiro, pão, somos discípulos
Sejamos a páscoa em renovação vibrante
Sejamos o elo da ressurreição constante

Feliz Páscoa

Soguiera

Eu Poesia, Contos e Crônicas
Livro, no prelo

* AVIDA É SONHO*


**A Vida é Sonho!**

No início o túnel apenas um vão
Solitária a mente vagando incerta
Nove meses uma luz um vulcão
O grito à vida onde estou? Desperta

Vozes penumbra nada sei, nada sou
O seio materno é tudo que sinto
Primeiros passos, disperso ainda estou
Brinquedos festanças tudo pressinto

Amor vem chegando abraços, lua
A vida é assim? Paraíso sem fim
E aquela menina pedinte na rua
O Éden pra uns pra outros o fim?

Escolas amores festas passeios
A lágrima rolando sumiu a donzela
A saudade a dor o amor é recreio
Virou rotina desfilou em passarela

Amor vem chegando coração palpitou
Os laços entrelaçam a semente vingou
O gene multiplicou o ciclo determinou
A raiz foi lançada com limite com dor

A passagem é rápida onde aqueces!...
O real era sonho? Ah! Que descuidados...
Perdes-te a lição, mais um dia tivesses
Amarias bem mais com os olhos vendados
Sogueira

Eu Poesia, Contos e Crônicas
Livro, no prelo

sexta-feira, março 14, 2008

*MAIS UM FILHO NA CASA*

Ubiratan Aguiar novo membro
da Academia
***
**Mais um Filho na Casa**
***
Noite de Solenidade, treze de março
A Academia Fortalezense de letras
Abre os braços acolhe sem cansaço
Um filho poeta, traz no saber as cetras.

No ambiente do negrume a paz ecoa
Das vestes blacky em sinuoso estilo
A espera do titular da cadeira em proa
Trazendo o sorriso o saber tranqüilo

Do grande poeta Ubiratan Aguiar
Que adentra sem o alarde costumeiro
Dos que conquistam com simplicidade

Os aplausos, as conquistas e no olhar
Aprecia o gorjear do discurso altaneiro
Em cada degrau da subida integridade
Sogueira

Ubiratan Aguiar titular da cadeira nº 34
da Academia Fortalezense de Letras
13 / 03/2008
-Eu Poesia Contos e Crônicas
-No Reino de Sininho, infantil

sexta-feira, março 07, 2008

*EU MULHER EM HOMENAGEM*



Centro de Cultura Dragão do Mar
*Eu Mulher em Homenagem*
***
Amo-me tanto com tal zelo sensatez
Que nada farei contra os desenganos
Estarei alerta no jogo do xadrez
Vasculho na memória eixo cartesiano

Amo o seio que alimenta para a vida
O mesmo seio que é fonte da conquista
Da arte no olhar, do menear atrevida
Do deslumbramento que o macho avista

Amo ser mulher que ama sem ver época
Que ama o amor sem risco ao desamor
Amo o homem que me ama com amor

Que num rebanho disperso em harém
Conhece quem apascenta o coração
Amo o poeta ao poetar minha canção

II

Amo o poeta ao poetar minha cançâo
Poetizo o amor espalho a emoção
Para que as mulhares em comunhão
Espalhem amor na terra em devoção
*
Quando embalam no berço o filho
E a lágrima cai ao mais simples beijo
Do rebento que no olhar traz o brilho
*
*Do aprendizado na escola sucesso
Dos braços que estão sempre abertos
Para o abraço, o perdão, o regresso
Se no caminho houve apenas deserto
*
Mulher, mistura de lágrima e emoção
Que faz do sofrimento arma, solução
Recomeçar é sempre seu refrão
***
Sogueira

*FRAGMENTOS DE UMA FOTO*


*Fragmentos de uma Foto*
***

Estavam caídas esmagadas
Tentei a restauração foi inútil
Apenas três partes mais nada
Mirei-as, que destino tão fútil

Num, o olhar tristeza profunda
Vontade louca, tive pra afagar
Analisar a profundeza que inunda
Olhar inerte desconhecido a trafegar

Noutro quinhão deste fragmento
Uma boca com um suave sorriso
Como se o colapso do ato, mormente
Mostrasse uma angústia de improviso

Bem ao lado a mão destruída
Na qual deslizei os dedos, comovida
Uma mão conhecida desnutrida
Que levei ao peito como consolo-vida
****
Sogueira


*COM AÇUCAR E AFETO*

*Com Açúcar e Afeto*
***
Arrumei do teu jeitinho dengoso
Com a receita que me enviaste
Abraço largo apertado manhoso
Sorriso que em mim conquistaste

Vesti até roupa nova domingueira
Daquelas sertanejas para a missa
Era vermelho e no coração trigueiro
À vontade do toque da mão, premissa

A juventude na pele distribuindo frescor
O coração cantando a cantiga do amor
O sonho, este infinitamente sem dor
Sem planos, apenas açúcar, afeto, torpor

A estrada era rápida pedalando na tarde
O irmão fez parede, da vontade a saudade

****
Sogueira