segunda-feira, julho 30, 2007

*ONDAS QUE ME LEVM*


*Ondas Que Me Levam*
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Leva-me uma mensagem além distante
Nestas ondas que o mar revolto agita
Descrevendo um romance deslumbrante
Nesta carta guardada e bem escrita

Coração despedaçado tempo errante
Chegando ao porto águas benditas
Leva-me uma mensagem além distante
Nestas ondas que o mar revolto agita

Leva-me neste balanço em som vibrante
Caso o destinatário mudar de pista
Vagarei nestas águas além, excitantes.
Como um náufrago de amor e conquista
Leva-me uma mensagem além distante
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Sogueira

sexta-feira, julho 27, 2007

* PALAVRAS AO VENTO *


**Palavras ao Vento
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Foram tantas palavras inditosas
Tantas juras inconstantes
Jogadas ao vento, ruíram
Tempos vãos, horas distantes

Todo alfabeto, antes descrito
Sem vírgula, pontuação desigual
Foram frases sem sentimentos
Texto pobre sem ponto final

As palavras, de amor reinante
Sustentáculo das grades, prisões
Voaram em outras paixões
Sem consolo sem perdão

Foram versos sem contexto
Que até o papel recusou
Amassou, jogou ao vento
Acanhado de tão frágil amor

O poema antes tão doce
Ficou amargo sem viço, cor
Apenas na sombra, vazio
Até a tinta azul desbotou.
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Sogueira

*SE EU FOSSE *


**S e Eu Fosse **
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Se eu fosse o pensamento
Que embota tanta mente
Com certezas infindáveis
Sem olhar que cada gente
Diz-se dono da verdade
Tem direito no que sente

Se eu fosse o pensamento
Que instiga em convencer
Que a verdade é só sua
Mas que outros têm querer
Que em cada sentimento
Há boa intenção em fazer

Se eu fosse o pensamento!
Gritava em cada mente
Ajuda os que fracassam
Dá a mão à palmatória
Dá sugestões de progresso
Somos falhos, incorretos

Se eu fosse o pensamento
Dava amor em vez de ódio
Sorriso em vez de carranca
Luz em vez de duras trevas
Esperança em vez de saudade
Amizade em vez de maldade

Ah! Se Eu fosse o pensamento!
Nem imaginas amor, o meu intento...
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Sogueira

domingo, julho 15, 2007

*NO CÉU DA TUA BOCA*


**No Céu da tua Boca**
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Sorrisos que esbanjam alegrias ao se vêem
Nesta tarde que finda, na praia sombria
Olhos que descrevem paixões sem se conterem
Nas mãos, o suor do contentamento, frias

A boca balbucia algo desordenado
Sobre o véu palatino, preso confuso
A língua na cavidade bucal, degusta
Palavras que soam enfim desnudas

Onde está o céu, procura ânsia dos amados
Neste contentamento na busca das conquistas
Os corações palpitam, nas mesmas expectativas.

Quando os lábios encontram-se a sós
Numa unidade cúmplice de desejos
O céu é o doce da boca, mãe dos beijos.
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Sogueira

*O QUE VEJO?**


**O Que Vejo?
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Vejo o tempo voando rápido
A vida livre em destaque
A mão sugando tão logo
Sem trégua, em tempo recorde

Vejo a população crescendo
Os critérios quebrando os laços
Crianças sem estilo vivendo
Fugindo ao controle dos lares

Não vejo o amor dominando
A mão estendida ajudando
posse e a força reinando

A juventude com rumos incertos
A terra pedindo clemência
Deus observando a falência.
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Sogueira

AMO-TE E TE AMAREI ALÉM DO FIM...*


AMO-TE E TE AMAREI ALÉM DO FIM...*
(de: Cleide Yamamoto para: Paulo Yamamoto)

Amo-te! No horizonte, no nascer do Sol e no além mar
Nas estrelas, no infinito e no teu jeito de me amar
No teu sorriso, na tua tristeza e no brilho do olhar.
Amo-te por inteiro! Porque só assim, sei te amar...

Amo-te! Como menino, como jovem, como o meu homem
Quando zangado, quando sorrindo, quando me amando
Na tua força, nas tuas fraquezas e na tua fragilidade.
Amo-te intensamente! Porque só assim, sei te amar...

Amo-te! De dia e de noite, quando está perto ou está longe
No teu cansaço, na tua entrega e nos teus sonhos...
Pelo teu coração puro e pelo desejo do teu corpo.
Amo-te Inteiramente! Porque só assim, sei te amar...

Amo-te! No teu sono, no teu jeito doce e no teu despertar
Amo-te mais que a mim... E o mais que posso...
Amo-te além de tudo e te amarei além do fim...
Amo-te infinitamente! Porque só assim, sei te amar...

* A você, amado Paulo! Que hoje, se ainda estivesse
entre nós, faria 58 anos. Meu beijo, minha saudade,
meu amor e o meu desejo, dê que, todos os anjos
comemorem contigo este dia.
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Ceide, uma amiga poeta do Recanto Das Letras

* OS CINCO SENTIDOS *


**Os Cinco Sentidos**
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Ouço bem cedinho teu canto
Bem-te-vi anunciando o alvorecer
Desperto, mais um dia aconteceu
Dia feliz quem quer me ver!

Olho pela janela sol brilhante
No Nordeste é assim iluminado
Pensamento sonda acordada
O mar convidativo ao teu lado

Falar de amor domingo quente
Na areia, soprando vento norte
Caminhar, respirar e boa sorte
Coração e onda palpitam fortes

Sentir a natureza ao meu redor
Força tamanha não há igual
Embevecida com tanto encanto
Sinto-me pequenina sou irreal

O toque da mão segura e firme
O olhar perdido no horizonte
O sonho é real, beleza infinda
Deus é a força que ilumina
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Sogueira

** MÃOS II **


** Mãos II **
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Mãos, de utilidades tantas a fins
Espalmadas, pedindo arrego, proteção
Enxugam as lágrimas consolo dos aflitos
Dá a mão à palmatória como rendição

Mãos que acenam nas despedidas
Seguram a mão da criança com dedicação
Batem, castigando com ira desmedida
Afagam com carinho, amor e emoção

Mãos que operam, bisturi corte preciso
Limpam o sangue, o suor, sempre renhido
Chamam, repelem, acenam, comandam o tempo
Elevam-se nas vitórias, no momento definido

Mãos que aplaudem... A vida surgiu
Mais duas mãos unindo-se a multidão
No berço se eleva pela glória obtida
Mãos pequeninas que ao mundo vibra

Mãos que se erguem ao Céu, unidas
Implorando perdão, saúde, guarida
Em sinal de cruz, cabeça sucumbida
Agradecendo a Deus o milagre da vida
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Sogueira

sexta-feira, julho 06, 2007

*ENTRE A LÁGRIMA E O SORRISO*


*Entre a Lágrima e o Sorriso*
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A lágrima é meu sentimento maior
Manifesta-se rápida sem medo
Cai fácil ao mais simples lampejo
Faísca lentamente, rola sem pejo

Desfila na face ante uma saudade
Banha o coração ao desencanto
Mas, sorri mesmo em desalento
Se um afago for consolo no momento

Ambas são amigas inseparáveis
Um sorrir no êxtase do encanto
Outra com a mesma intensidade clama
E misturam-se no sal e doce pranto

Caminham, na mesma direção
Com a mesma veneração exata
Quando na face banha o pingo farto
O sorriso dá a mão, consolo grato

É neste deserto que a menta vivencia
O sorriso largo e franco usado dia a dia
A lágrima como alento, engano, fantasia
Não viverei sem ambas, é asilo e franquia
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Sogueira

** SAUDADE **

** Saudade**
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Nesta tarde, olhando á noite chegar
Lembro do meu povoado, constante
A saudade veio faceira lembrar
Da meninice fagueira, distante.

É uma recordação acolhedora
A tranqüilidade longe, despojada
O vento soprando bem suave
O pensamento revive guardado

A ausência nunca apaga o brilho
Dos momentos abençoados no lar
Das cirandas, das serenatas ao luar
São raízes de permanência intactas
Que a mente registra, reflete emoções
Retrata, conduz no cotidiano, nas ações.
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Sogueira