sábado, maio 10, 2008

À MINHA MÃE*


**À Minha Mãe**
***
Onde estiver uma flor despetalada
Sem o orvalho para matar a sede
Está aí minha saudade revelada
Por tua ausência, há muito desde...

À infância carente de afeto, abraços
Do zelo que protege com desvelo
Do olhar que acompanha os passos
Das mãos unidas em perfeito elo

Que seja este dia inteiro consagrado
Apenas as mães que do amor é mister
Para fazer da semente o fruto sagrado
Da vida a passagem do bem viver

Não deixar que a semente plantada
Seja na terra produto consumido
Da farta sede da ambição ceifada
Sem amor, do sentimento despido

Mãe, todas as certezas tenho já
Que ao mundo vieste destinada
À grande missão de amar, educar
Mas, o Céu te levou em revoada

E a saudade guardada permanece
Sem nenhum abalo à tua ausência
O coração solitário em uma aprece
Reza por ti com amor, dor e carência.

Saudades sem fim, Mãe...
***
Sogueira

Eu poesia Contos e Crônicas

No prelo

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