*Ao meu Pai
*
Quando me lembro de ti mocidade
Labuta diária, planos no futuro
Ultrapassando muros, tempestade
Recordo teu olhar verde, aflito e puro
Memorizei teu passo firme, inteiro
Na pressa para o tempo não apagar
Os anseios guardados no canteiro
Na flor branca que vinhas ofertar
Foram anos plantados cada dia
De amor, zelo, carinho e proteção
Embrulhados no jardim coração
Que a saudade terna acaricia
Saudades são tantas catalogadas
No álbum que a mente recorda
Como raiz estendida, arraigada
Cresce de dia a noite transborda
A ruga quase não veio na face
Sorriso franco o final sem ação
A mão sem força fez-se fugace
Guardo de ti, pai, toda emoção
*
SoniaNogueira
Um comentário:
Eu também guardo de meu pai lembranças.
E elas me alcançam.
Pontadas lançam
sem cessar.
E me ponho a pensar:
Será que ele me vê?
Gostaria de crer
Que sim.
Saudades dele!
Com carinho
Fátima
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