Viajante do Tempo
Vejo-te assim sem obstáculo, limite
Varrendo horas semeando segundos
Mesmo que no poço não haja fundos
De ti, oh, tempo nunca estamos quite
O maior oráculo de consultas tantas
Curador dos males, do esquecimento
Tudo apagas dos rastros és ungüento
Tudo em ti é espera e esperas quantas!
Dei-me a ti passageira incansável
Debrucei-me na leitura do saber
Quanto mais te lia pra compreender
Mais confusa me deixavas aliável
Consolando a alma fragmentada
Os insanos sonhos que em furor
E nas horas que me roubas o amor
És de mim meu único mediador
Bem sei que a vida é armadilha
As portas abertas, o tráfego livre
Mesmo que insana seja a trilha
Sou de ti cativa oh, tempo rude
Sonia Nogueira
Leia minha posse na Academia
Nenhum comentário:
Postar um comentário