*À minha Mãe
Quando
em ti penso, mãe, ausência,
Cada
lembrança é saudade terna,
Coração
fragilizado, a mente ativa,
Na
lágrima retida força e reserva.
Na
foto desbotada sina e tempo,
A
alma desolada em são momento
Arquiva
dor suave presa ao vento
Trazendo
angústia e tormento.
Foram
frios meus verões, mãe,
Faltou
a mão para me aquecer,
Gesto
protetor da supermãe,
O
zelo do olhar no alvorecer.
O
vento soava triste e lento,
Em
murmúrio de consolação,
O
sonho pernoitava no relento,
A
vida viajava em turbilhão,
De
buscas, de uma explicação,
Mas
como entender a lei do alto
Que
não pergunta ao coração.
Pode-se
resistir tamanho assalto!
Assim
é a vida na terra, que fornalha.
Uns
choram pela mãe que agoniza,
Outras
dão a vida na batalha,
Pobre
mãe lança o filho à enxurrada.
Sobrevivi
a chuvas e trovoadas,
Sentimentos
voando em agonia
Nas
noites frias sob as rajadas,
Nos
relâmpagos, senti tua falta.
Sou
órfã nas horas de saudade,
Nas
horas de carência sou poesia,
Sou
triste, nas horas de bondade,
Lembro-me
da mãe que foi um dia.
A
cada dia, mãe, a lembrança cresce.
E
Deus nas alturas te louve em prece.
Sonia
Nogueira
Medalha
de Prata, junho 2014, RJ