*Angústia
Um olhar furtivo, um corpo vago,
ás vezes inerte, ás vezes impulso,
embora o sonho insistisse intacto,
um pensar sombrio, outro sem rumo.
O vento soa frio, solidão atroz,
susto, quem sabe, prevê agonia,
se em cada
labirinto há magia
em chama o coração grita, algoz.
Geme a onda na manhã tranquila
dois olhares se perdem na cruz
nenhum sorriso e a palavra sem dó.
Duas mãos sequiosas em vigília
tocam-se, uma noite, apenas reluz
sonho imenso feito céu, imenso e só.
Sonia Nogueira
Menção Honrosa, XVI Prêmio Estadual
Ideal Clube
de Literatura -20/02/2014
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