*Paris
Jamais sonhei em pisar teu porte
da história, que nas palavras eu li,
das lutas e vitórias que comovem,
mas ali cheguei, e teu encanto eu vi.
Uma cidade pálida, fria, sem folhas,
que o gelo apagou, mas virá noutra
estação, verde a enfeitar sem escolhas
o olhar ávido do turista em outra
emoção. Não conheci Paris, apenas
rabisquei uma olhada distante, da
cidade antiga, igual na arquitetura
nivelada as classes favorecidas.
Adentrei o Museu do Louvre assim:
uma hora, extasiada
na arte milenar
e o pensamento rápido fugia para vê
as mãos hábeis
para esculpir, pintar.
Tão imponente e extenso outro espaço
na multidão, o Palácio de Versailles,
como relâmpago foi apenas um naco,
a procura do Rio Sena com belos ares.
Nas ruas poucos ônibus, raros rostos,
por baixo da terra o povo fervilhava,
automóveis paravam a um pé exposto.
O arroz e feijão? O sabor nem sonhava.
Não conheci a Paris moderna, colorida,
aonde habitam os menos favorecidos,
também um grande centro econômico
de contrastes, nos arredores conflitos...
Canto para ti, Paris da arte, da fortuna
onde o euro pesa como ouro e poder,
na fé religiosa, nos templos, uma lacuna,
que o visitante busca sem esquecer.
A Torre Eiffel, majestosa edificada,
tal qual o Cristo Redentor do Brasil,
o olhar avista em qualquer jornada,
como guardiões, no
seu belo perfil.
Lançamento da Coletânea Ceará en Scène
no Salon du Livre em Paris
Nenhum comentário:
Postar um comentário