terça-feira, março 31, 2015

*PARIS, CEARÁ EN SCÈNE


 *Paris

Jamais sonhei em pisar teu porte
da história, que nas palavras eu li,
das lutas e vitórias que comovem,
mas ali cheguei, e teu encanto eu vi.

Uma cidade pálida, fria, sem folhas,
que o gelo apagou, mas virá noutra
estação, verde a enfeitar sem escolhas
o olhar ávido do turista em outra

emoção. Não conheci Paris, apenas
rabisquei uma olhada distante, da
cidade antiga, igual na arquitetura
nivelada as classes favorecidas.

Adentrei o Museu do Louvre assim:
uma hora, extasiada  na arte milenar
e o pensamento rápido fugia para vê
 as mãos hábeis para esculpir, pintar.

Tão imponente e extenso outro espaço
na multidão, o Palácio de Versailles,
como relâmpago foi apenas um naco,
a procura do Rio Sena com belos ares.

Nas ruas poucos ônibus, raros rostos,
por baixo da terra o povo fervilhava,
automóveis paravam a um pé exposto.
O arroz e feijão? O sabor nem sonhava.

Não conheci a Paris moderna, colorida,
aonde habitam os menos favorecidos,
também um grande centro econômico
de contrastes, nos arredores conflitos...

Canto para ti, Paris da arte, da fortuna
onde o euro pesa como ouro e poder,
na fé religiosa, nos templos, uma lacuna,
que o visitante busca sem esquecer.

A Torre Eiffel, majestosa edificada,
tal qual o Cristo Redentor do Brasil,
o olhar avista em qualquer  jornada,
como guardiões, no  seu belo perfil.



Lançamento da Coletânea Ceará en Scène  
no Salon du Livre em Paris


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