segunda-feira, dezembro 14, 2015

*DORME SAUDADAE

Tela minha

Dorme Saudade



Saudade aqui tranquila, repousa, 
No peito olhando a longa distância,
Da palavra que apagou sobre a lousa,

Do olhar que não fitou em constância, 


Da caminhada entre a selva perdida, 
Dos passos indecisos rumo incerto, 
Na devoção que o coração fez guarida 
No silêncio, rejeitou, sucumbiu ao certo. 

Do abraço que não abriu os braços, 
Da palavra que se fez desventura, 
Na discrição encobriu-se sem laços,
Do coração que não ditou a ventura.

Saudade da mão que indecisa trava, 
Dos sonhos que voaram sem lavra, 
Na procura de um não sei onde está, 
Aonde, em qual lugar encontrar ...

Fica aqui comigo saudade pertinente, 
Já sou de ti uma escrava permanente, 
Oras jogo-te no porão com veemência, 
Outras o coração aflito pede clemência.

Nenhum comentário: