*À Minha Mãe
Todo
dia a mesma saudade viva
Dos
anos que os anos não apagam
Da
mãe que fez da luz cada vida
Gratidão
terna que os anos propagam.
Vejo-te
noutras mães de bondade
Aquelas
que o afago é constante
Orgulho
da cria, e na saudade,
Contemplação,
a cada olhar rasante.
Cada
lembrança que a mente pousa
Recolhe-se
no obscuro pensar
Guarda
no deserto que repousa
Pra
não apagar da lembrança o olhar.
Da
foto desbotada sina e tempo
A
alma desolada em são momento
Arquiva
dor suave presa ao vento
Trazendo
na angústia dor, tormento.
Sou
órfã nas horas de saudade
Nas
horas de carência sou poesia
Sou
triste, nas horas de bondade,
Lembro
da mãe que se foi um dia.
Sonia Nogueira
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