sábado, março 25, 2023

 

 

*No Tica Tac 

 

Adormeci na vigília das horas,

Em cada espaço tic tac roçando,

O pêndulo seguia desvirtuando,

A vontade das minhas auroras.

 

Vagueei na espera, tudo distante,

As horas nem alteravam o caminho,

Os minutos indiferentes ao ninho,

Dos sonhares e espera gigante.

 

Passou inverno, a primavera sorriu.

Murchou a flor, a terra ressecou.

Lá no declinar a curva se demitiu.

 

Não alcançou a linha do limite.

O tic tac ali em vão badalou,

No despertar da vida, um convite.

 

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