quinta-feira, abril 02, 2009

*LÁGRIMAS QUE CAEM*


Foto cedida por Roberto Romanelli

LÁGRIMAS QUE CAEM...
ROBERTO ROMANELLI MAIA

Lágrimas caem e molham o rosto de uma Mulher...
Porque será?...
Alguém sabe a razão?...
E se, agora, não existe um homem que às enxugue,
mesmo que seja com um suave lenço de papel,
saiba querida, que eu estou aqui para fazer
as suas lágrimas pararem...
Pois só assim o seu lindo sorriso
voltará a aparecer....
Em sua face, onde os seus olhos
só sabem ver e refletir paixão e amor...
Mas para isso acontecer saiba que eu estou aqui, querida,
para entender e consolar, você...
Dividindo ou somando emoções e sensações...
Mas, sobretudo, compartilhando,
momentos de tristezas e de alegrias...
Num milagre natural,
que possa fazer com que as suas lágrimas
se tornem puras e transparentes
como gotículas de cristal...
De inimaginável e rara magia e beleza...
Só, assim, elas secarão sem você sentir...
Sim, querida, para que não existam lágrimas
só existe um caminho ou uma saída...
Amarmos e sermos amados...
Nos amarmos...
Mas se, tantos homens, sequer sabem reconhecer
as nuances e as tonalidades de uma rosa
como conseguirão reconhecer e valorizar
a beleza interior de uma mulher...
Ou vê-la além e através da embalagem
e do papel para presente, que a envolve...
E do qual está prisioneira...
pois, a tanto, está condicionada ou obrigada...
Não, meu amor, a sensibilidade
e a alma deste poeta
não se encontra nos lugares
onde se troca o dia pela noite...
Nem nas baladas noturnas...
Ou em qualquer outro lugar rotineiro e previsível...
Ou em certos momentos repetitivos de minha vida...
Nem está a minha espera nos supermercados,
de uma cidade, de um bairro ou de um quarteirão...
Ela nasce ou não dentro de cada um de nós...
Mas nasce dentro daqueles que possuem o dom mágico
de ter, junto a si, a alegria, o choro, o riso, a amizade,
a confiança e, um sentimento, raro de encontrar:
O Amor com Verdade e Emoção...
E este só nasce e pode crescer
quando existe, de fato, e vem para, realmente,

ficar...
***
*Lágrimas que Caem*
A manhã hoje amanheceu suave
A saudade resguardada peito adentra
Uma saudade viajando sem entrave
A lágrima na espreita se apascenta

Já faz moradia na face contraída
É companheira infalível residente
Quer na chegada, riso ou partida
Faz da face cordilheira pendente

Na emoção, no abraço é rainha
Faz do olhar seu trono em ritual
Ainda que não desfile se aninha
Na quietude do coração, afinal

É ele seu amigo em cumplicidade
Solfeja e mesma canção e ritmo
Na alegria, na tristeza, na lealdade
São parceiros no ponto mais ínfimo

O amor, que nasce sem permissão
E faz do coração ninho e furacão

Sonia Nogueira *sogueira*

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