sexta-feira, julho 27, 2007

* PALAVRAS AO VENTO *


**Palavras ao Vento
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Foram tantas palavras inditosas
Tantas juras inconstantes
Jogadas ao vento, ruíram
Tempos vãos, horas distantes

Todo alfabeto, antes descrito
Sem vírgula, pontuação desigual
Foram frases sem sentimentos
Texto pobre sem ponto final

As palavras, de amor reinante
Sustentáculo das grades, prisões
Voaram em outras paixões
Sem consolo sem perdão

Foram versos sem contexto
Que até o papel recusou
Amassou, jogou ao vento
Acanhado de tão frágil amor

O poema antes tão doce
Ficou amargo sem viço, cor
Apenas na sombra, vazio
Até a tinta azul desbotou.
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Sogueira

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