** Mãos II **
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Mãos, de utilidades tantas a fins
Espalmadas, pedindo arrego, proteção
Enxugam as lágrimas consolo dos aflitos
Dá a mão à palmatória como rendição
Mãos que acenam nas despedidas
Seguram a mão da criança com dedicação
Batem, castigando com ira desmedida
Afagam com carinho, amor e emoção
Mãos que operam, bisturi corte preciso
Limpam o sangue, o suor, sempre renhido
Chamam, repelem, acenam, comandam o tempo
Elevam-se nas vitórias, no momento definido
Mãos que aplaudem... A vida surgiu
Mais duas mãos unindo-se a multidão
No berço se eleva pela glória obtida
Mãos pequeninas que ao mundo vibra
Mãos que se erguem ao Céu, unidas
Implorando perdão, saúde, guarida
Em sinal de cruz, cabeça sucumbida
Agradecendo a Deus o milagre da vida
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Sogueira
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